Nova Yamaha YZF-R1 flerta com moto de competição

150522 V51“É o mais próximo possível que se pode chegar da M1”. Essa foi a definição para a nova geração da YZF-R1 dada por Valentino Rossi, heptacampeão de motovelocidade e piloto oficial da Yamaha na MotoGP. O italiano participou ativamente do desenvolvimento do modelo. Já a M1 é o protótipo que o piloto da marca japonesa usa na categoria. A relação entre os dois modelos ficou mais próxima durante o Salão de Milão, na Itália, onde a fabricante nipônica mostrou a segunda geração da superesportiva de rua. A superesportiva agora conjuga design de corrida, potência de 200 cv e muita tecnologia.
Além do desempenho de moto de competição, a Yamaha deu à nova R1 uma estética esportiva e, ao mesmo tempo, futurista. Inspirada nas linhas da M1, a R1 traz cortes nas carenagens laterais e traseiras. O conjunto ótico também foi totalmente remodelado. Agora os faróis em formato de diamante ficam “escondidos” dentro da entrada de ar frontal e há filetes de luzes diurnas de leds logo acima. Já a rabeta ficou mais fina e as duas carenagens vazadas se encontram em um ponto mais alto, onde começa a lanterna vertical também em leds. Visivelmente, o modelo está mais curto e estreito. E na prática também. O comprimento caiu para 2,05 metros – 2 cm a menos. A largura foi reduzida em 2,5 cm  – para 0,69 m.
O que já era bom ficou ainda melhor na versão 2015 da Yamaha R1. O tradicional motor quatro cilindros em linha de 998 cc recebeu “upgrades” e agora passa a entregar 200 cv de potência a 13.500 rpm – 18 cv a mais. O torque ficou em 11,5 kgfm a 11.500 giros. Com 199 kg em ordem de marcha – 179 kg de peso seco –, a nova R1 tem relação peso/potência absurda: menos de 1kg/cv. Já o virabrequim do tipo crossplane continua. Ele faz os pistões se movimentarem sequencialmente. Desta forma, enquanto o pistão de uma das extremidades está no ponto morto superior, seu oposto encontra-se em ponto morto inferior. Ao mesmo tempo, os dois centrais estão no meio do caminho, um com movimento de subida e o outro de decida.
Para domar todo este manancial de força, a R1 conta com a tecnologia. Os freios ABS agora adotam distribuição eletrônica da frenagem, há quatro mapeamentos para o propulsor, controle de tração com 9 níveis, sistema antiempinamento com três modos, controle de largada e o quickshift, que permite o piloto subir as marchas sem o uso da embreagem. A suspensão dianteira – garfo telescópico invetido – e a traseira – monoamortecida – têm cursos de 120 mm. Na Europa, a YZF-R1 parte de 18.490 euros – cerca de R$ 63 mil. A nova geração ainda não tem data para desembarcar no Brasil. A antiga, por sua vez, está à venda por R$ 65.500.

por Raphael Panaro
Auto Press

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