Cabral volta em cana ao presídio que inaugurou quando era governador

IRONIA DO DESTINO – Peemedebista teve a cabeça raspada na unidade prisional que promoveu festa de inauguração Foto: Divulgação/Desipe

IRONIA DO DESTINO – Peemedebista teve a cabeça raspada na unidade prisional que promoveu festa de inauguração
Foto: Divulgação/Desipe

Dono de imóveis luxuosos, peemedebista passou a noite de quinta-feira/madrugada de ontem em uma cela de nove metros quadrados em unidade do complexo penitenciário inaugurada por ele quando era governador do Rio de Janeiro.
Em vez de ternos bem cortados ou camisa social, camiseta verde e calça jeans. No lugar de uma mesa bem posta de café da manhã, apenas pão com manteiga e café com leite. Essa é a realidade com a qual o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) se deparou ao acordar, ontem, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio.
O peemedebista teve a cabeça raspada, prática adotada com os demais presos da unidade, assim que chegou ao presídio, na noite anterior.
O cardápio do almoço e do jantar em nada lembra o oferecido em sua residência ou em restaurantes de luxo que frequentava, no Brasil ou no exterior. O ex-governador teve a escolher, arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha, legumes, salada, sobremesa, além de um refresco. No lanche, pão com manteiga ou bolo e um guaraná. O político conhece bem a ala onde está preso: foi ele, como governador, que inaugurou a unidade, em 2008.
Principal alvo da Operação Calicute, derivada da Lava Jato, Cabral é acusado de liderar um esquema de corrupção que desviou mais de R$ 220 milhões dos cofres públicos, segundo estimativa da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Outras nove pessoas ligadas a ele também foram presas por determinação da Justiça do Rio e do Paraná.
Uma das acusações é de que o ex-governador recebia mesada de até R$ 500 mil de empreiteiras, além de joias e outros objetos de luxo dados por empreiteiras com contratos com o governo estadual durante sua gestão, entre 2007 e 2014. Entre as obras fraudadas citadas no pedido de prisão estão a reforma do Maracanã, o PAC das Favelas, o Arco Metropolitano e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

 

(Fonte: Congresso em Foco).

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