Michel Temer diz que não pensa em renúncia se chapa for cassada

Presidente também disse que aproveita baixa popularidade para tomar medidas rígidas em prol do País

Com índice de rejeição recorde, segundo pesquisa recente do Ibope que aponta 46% de reprovação e apenas 13% de aprovação, o presidente Michel Temer disse, durante café da manhã com jornalistas ontem (22), que sua baixa popularidade não o incomoda e que tem permitido que ele possa adotar medidas fundamentais para o país. “Dizem que há impopularidade. Isso me incomoda? Digamos assim, que é desagradável. Mas não me incomoda para governar. Alguém até disse, há poucos dias, que a popularidade é uma jaula. Aproveito a impopularidade para fazer aquilo que o Brasil precisa. E é o que estou fazendo. Lá na frente haverá reconhecimento”, afirmou o presidente.
Temer afirmou que não pensa em renunciar antes do fim do mandato ao ser questionado sobre a possibilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar a chapa Dilma-Temer e também considerando a citação de seu nome em delações de executivos da Odebrecht, incluindo nos depoimentos dados pelo ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht ao Ministério Público Federal no âmbito das investigações da Lava Jato.
“Havendo uma decisão, haverá recursos e mais recursos, não só no TSE como no STF. (…) Renunciar? Honestamente, não tenho pensado nisso”, garantiu o peemedebista. Ele destacou, contudo, que será “obediente” à decisão final do Judiciário e ponderou sobre o peso das delações: “No Brasil se formou a seguinte convicção: se um delator mencionou o nome de alguém, ele está definitivamente condenado”, comentou.

Michel Temer também fez um balanço dos sete meses de governo desde a retirada de Dilma Rousseff da presidência. Ele ressaltou que foi preciso “cortar na própria carne” ao propor a medidas como a do teto de investimentos públicos. “Mexemos com temas aparentemente polêmicos.” Para Michel Temer, outro grande tema nacional deste ano foi a reforma da previdência. Ele defendeu que esta deveria se chamar “em nome do filho”, já que a intenção seria garantir o pagamento de pensões previdenciárias no futuro.

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