Prefeito de Japeri anuncia rombo de R$ 30 milhões na Previdência

Segundo estimativas do prefeito Carlos Moraes, pelo menos 48 obras deixarão de ser executadas até que o rombo seja coberto
Divulgação/PMJ

O prefeito de Japeri, Carlos Moraes, terá de desembolsar pelo menos R$ 500 mil durante 60 a 70 meses para cobrir um rombo de R$ 30 milhões contra o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município (Previ Japeri) deixado pelo governo anterior.
Na avaliação do prefeito, o rombo da Previdência municipal vai fazer com que ele deixe de executar pelo menos 48 obras na cidade, a um custo médio de R$ 400 mil a R$ 500 mil. Moraes lembrou que durante os primeiros 12 anos de governo em que alternou com Luiz Barcelos, seu atual secretário de Desenvolvimento Econômico, tratou da Previ Japeri com maior zelo e muito cuidado.
“Infelizmente, os picaretas detonaram o dinheiro da Previdência. A situação é dramática. Estou profundamente preocupado. Até porque, para honrarmos a aposentadoria dos nossos funcionários, teremos que deixar de fazer pelo menos 48 obras na cidade, no valor aproximado desses R$ 500 mil”, afirmou.
O desabafo de Moraes foi feito durante a 1ª Reunião Ampliada de Saúde da Mulher Japeriense, promovida pelo Conselho Municipal de Saúde, na Sala de Cinema, em Engenheiro Pedreira.

“Trabalhar e trabalhar”
No encontro do Conselho Municipal de Saúde, que teve como tema “os desafios para a integralidade com equidade”, o prefeito Carlos Moraes anunciou que, mesmo sem dinheiro e com um orçamento diminuto, seu governo está programando grandes projetos voltados para a mulher japeriense, para a Terceira Idade e para a juventude.
“Japeri terá outra perspectiva de futuro quando pelo menos 70% de sua população conquistar postos de trabalho dentro da própria cidade onde vivem. Aí, sim, vamos gerar empregos, renda e melhor qualidade de vida para nossa população, para os chefes de família, seus filhos e netos. Temos, portanto, primeiro, que criar o mercado de trabalho e depois cuidar da sustentação da cidade”, observou o prefeito, salientando que pretende gerar cerca de 10 mil novos empregos até o fim do governo.
“A palavra de ordem é trabalhar e trabalhar”, deixou claro.
Na avaliação de Carlos Moraes, “Japeri tem jeito”, mas não com a conversa fiada dos adversários políticos que, segundo frisou, nada tem a acrescentar “a não ser mentiras e mentiras”.
“A geração de empregos é que vai promover o processo de desenvolvimento da cidade para que se alcance depois todas as metas sonhadas pela população, como a saúde, a educação e todos os demais equipamentos sociais”, explicou.
Ainda de acordo com Carlos Moraes, o que fragiliza a cidade de Japeri é a desintegração das famílias que, por trabalhar muito distante de casa não dispõe de tempo suficiente para acompanhar a vida dos filhos.
O prefeito de Japeri disse também que os lares são destruídos, quando homens e mulheres saem de casa às 3 da madrugada para pegar o trem às 4h e só retornam 9h ou 10h da noite. Isso, durante 40/50 anos, para poderem obter uma aposentadoria de um salário mínimo. “Ao longo desse tempo, os filhos são deixados à própria sorte”, lamentou.
“É humanamente impossível para um casal sair de casa de madrugada, largando os filhos à própria sorte, sem conseguir lhes passar noções de afeto, carinhos, conceitos, disciplina e respeito. Com isso, as crianças são criadas como bicho”, concluiu o prefeito Carlos Moraes.

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