Jetta Highline tem um quê esportivo sob um design conservador

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

A disputa entre os sedãs médios no Brasil é acirrada. Mas a categoria, que por aqui é dominada por representantes das fabricantes japonesas no topo da lista – Toyota Corolla, Honda Civic e Nissan Sentra -, também tem espaço para outras qualidades, além da confiabilidade e conforto – traços que caracterizam os modelos nipônicos. A Volkswagen começou a trazer a versão pós-face-lift do sedã Jetta, importado do México. A ideia com esta renovação é ampliar a participação do três-volumes no segmento. E, de fato, isso vem ocorrendo. Desde que esta segunda fase da sexta geração do modelo chegou, em março, as vendas se aproximaram das mil unidades por mês – o que o deixa em quarto lugar neste ranking. Ou seja: a conjugação do design mais sóbrio com uma boa dose de esportividade tem encontrado algum respaldo. De fato, o Jetta Highline é o que oferece, entre os sedãs de marcas generalistas, o melhor comportamento dinâmico.
O grande trunfo da configuração é a motorização. Nesta renovação, o propulsor 2.0 turbo do Jetta foi recalibrado e passou dos 200 cv para 211 cv – o torque passou de 28,5 kgfm para 28,6 kgfm. A transmissão é sempre automatizada de seis marchas, dupla embreagem e trocas manuais no volante. Com esse trem de força, o modelo chega aos 100 km/h, partindo da imobilidade, em apenas 7,2 segundos. E é capaz de atingir a velocidade máxima de 241 km/h. São números que surpreendem diante da vocação familiar que os sedãs médios carregam no Brasil. E fazem com que o modelo da Volkswagen se torne apto também para oferecer mais esportividade. A suspensão, em razão disso, é do tipo Multilink na traseira, com novas molas e amortecedores – na versão de entrada é por eixo de torção. Na concorrência direta, este tipo de suspensão só está presente no Ford Focus e no Honda Civic
O Jetta atual se distancia do modelo anterior principalmente pela nova frente, com para-choque redesenhado, entradas de ar e grade do radiador ligeiramente maiores, faróis de neblina quadrados e conjunto ótico com luz diurna em leds, na versão completa. Na parte traseira, a lanterna ficou com a parte interna mais afilada e tampa do porta-malas e para-choque foram mexidos. Por dentro, nenhuma ousadia ou grande novidade. Alguns detalhes no console central receberam um leve toque de refinamento. Caso do acabamento em preto brilhante em volta da alavanca do câmbio e frisos cromados ao redor dos controles do sistema de climatização.
A lista de itens de série é boa, mas não chega a destacá-lo no segmento. A direção é elétrica e o ar-condicionado é automático bizone. O carro entrega ainda sistema de entretenimento com uma acanhada tela sensível ao toque, de apenas 6,5 polegadas, oito alto-falantes, entradas auxiliar e USB e conexão Bluetooth, rodas de liga leve de 17 polegadas, seis airbags, bloqueio eletrônico do diferencial, controle de estabilidade e tração e assistência de partida em rampa. Até aqui, o modelo sai por R$ 93.990, o que o deixa caro no confronto com os rivais.
Com os opcionais, o custo/benefício piora. Além do teto solar panorâmico, há um pacote de equipamento chamado de Exclusive e outro de Premium. O primeiro acrescenta ao sedã bancos de couro com sistema de aquecimento para os dianteiros em duas opções de cores, preto ou bege, e sensores de chuva e de luminosidade. Já o Premium traz todos os itens do Exclusive e mais GPS, abertura das portas e partida do motor sem chave, faróis bixenônio com luzes diurnas de leds e ajuste elétrico do assento do motorista, além de outros detalhes. Completo, o preço vai a R$ 107.543. Com os mesmos equipamentos, os concorrentes são, em média, R$ 10 mil mais baratos.
por Márcio Maio
Auto Press

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