Mesquita celebra 18 anos com missa

Waltinho Paixão, Jorge Luis, Jorge Miranda e Eduardo Oliveira durante a missa na Igreja de Nossa Senhora das Graças
Fotos: Davi de Castro/Jornal de Hoje

O prefeito de Mesquita, Jorge Miranda (PSDB) e o vice, Waltinho Paixão (Pros), participaram ontem de manhã da missa comemorativa dos 18 anos de emancipação político-administrativa do município, celebrada por dom Luciano Bergamin, bispo da Diocese de Nova Iguaçu, na Igreja de Nossa Senhora das Graças, padroeira da cidade. Coincidência ou não, a mensagem de dom Luciano foi direcionada para a paz, no momento em que os poderes Legislativo e Executivo da cidade não se entendem e travam uma queda de braço.
Com a igreja lotada, Miranda aproveitou a ocasião para apresentar um rápido balanço do seu governo. Ele destacou inicialmente que os salários dos funcionários da prefeitura estão em dia, frisou também os avanços nas áreas sociais, através do trabalho desenvolvido por Cristina Quaresma, secretária de Assistência Social, e também o setor fazendário, com o secretário Eduardo Oliveira, além de outros setores como o comandado pelo arquiteto Luney Martins.
Miranda falou ainda sobre projetos para acelerar ainda mais o desenvolvimento de Mesquita, que pretende enviar à Câmara, para apreciação e votação dos vereadores, sobre os quais despejou a responsabilidade da decisão.
O vice-prefeito Waltinho Paixão, destacou a importância da emancipação para o desenvolvimento de Mesquita e a luta do seu tio e primeiro prefeito da cidade, José Montes Paixão, na justiça para provar que o município estava emancipado. “Eu também sonhei ao lado do meu tio e realizamos o que nossa gente tanto queria”, resumiu Waltinho, que foi presidente da Comissão de Emancipação de Mesquita. Aliás, já está circulando nas redes sociais um documentário sobre a emancipação, contando como tudo aconteceu, do começo ao fim, com todos os detalhes, documentos e fotografias. A história, que poderá ser acessada pelo endereço: http://www.mesquita.rj.br/pmm/sobre-a-cidade/, servirá também como fonte de pesquisa. No final dos discursos, Waltinho e Jorge agradeceram à população pelo voto e o esforço para emancipar Mesquita.

Só dois vereadores

A igreja estava lotada para missa da emancipação, a qual aconteceu no mesmo local, há 18 anos. Vários secretários municipais e servidores de todos os escalões marcaram presença, dentre eles Bruno Lucena, chefe de gabinete do governo. A tradição de dar um pulinho por cada ano de idade causou risos em gente, ao se lembrar que ontem teria de levantar os pés do chão 18 vezes. “Venho a essa missa desde o primeiro pulinho”, lembra Márcia Barros, esposa do ex-vice-prefeito Paulinho Paixão.
Chamou a atenção também a falta de vereadores na missa. Apesar do Poder Legislativo ser composto de 12 vereadores, “apenas dois compareceram à missa solene”, comentou Maria Rita Sobral, 43 anos, na escadaria da paróquia, se referindo aos parlamentares Max Cavalcante e Marcel Taí Gostei. “A Câmara e o prefeito continuam brigando. Falam que alguns irão parar na polícia e ainda perder o mandato”, completa um jovem, ao lado de Maria. Indagado pelo JH sobre o assunto, ele não quis se identificar.

Orgulho de Cristina Paixão

A empresária Cristina Paixão, filha do emancipador de Mesquita

A empresária Cristina Paixão, que recebeu muitos abraços e posou para fotos e selfies, estava visivelmente orgulhosa na missa. “Fiquei feliz em poder rezar pelo meu pai (José Paixão). É confortante saber que a luta dele não foi em vão. Recebi muitos abraços e palavras de carinho das pessoas que lembraram do meu pai, desde a sua trajetória humilde, entregando compras em caixotes de madeira e era conhecido como Zequinha. Tenho orgulho de ser filha desse homem público, que deixou um legado que ficará para sempre na memória do município de Mesquita. Meu pai será sempre o emancipador. E como ele dizia: Paixão por Mesquita”.

 

por Davi de Castro (davi.castro@jornalhoje.inf.br)

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