Presos por estupro coletivo de duas meninas em Nova Iguaçu

Policiais da Deam de Nova Iguaçu prenderam três jovens acusados de participação num estupro coletivo contra duas meninas de 12 e 14 anos
Ivan Teixeira / Jornal de Hoje

Policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher de Nova Iguaçu (Deam) prenderam três homens acusados de praticar um estupro coletivo, juntamente com mais três menores, contra duas jovens de 12 e 14 anos. O crime aconteceu no último dia 22 de julho no bairro Ouro Verde, em Nova Iguaçu. As vítimas conheciam os agressores, identificados apenas como Carlos, Rodrigo e Wesley. Segundo informações da delegada titular, Airan Fernandes, após as mães das jovens irem até a delegacia denunciar o estupro, foi determinado que uma equipe iniciasse as investigações para identificar os autores do abuso.
Os policiais descobriram que o crime teria sido praticado na casa de um dos suspeitos. Após receber mandado de prisão da Vara Criminal de Nova Iguaçu contra os três maiores, eles começaram a monitorar os suspeitos até que na tarde da última quarta-feira, dois dos homens foram presos dentro de casa, também em Ouro Verde. O terceiro foi detido na estação ferroviária de Nova Iguaçu, quando tentava embarcar no trem rumo ao Rio de Janeiro.
A delegada agora aguarda mandado de busca e apreensão dos menores envolvidos no caso, todos já foram identificados pelas vítimas. “Faço um apelo para que mulheres e adolescentes, vítimas de qualquer tipo de agressão ou assédio, denunciem através do telefone 3779-9416. Também podem nos procurar aqui na delegacia, pois temos uma equipe pronta a atender qualquer tipo de crime contra a mulher. Nossa delegacia funciona 24h, inclusive nos finais de semana”, destacou a delegada. A Deam de Nova Iguaçu fica Avenida Marechal Floriano Peixoto, 950, no Centro de Nova Iguaçu.

Esse não é o primeiro caso de estupro coletivo registrado em Nova Iguaçu este ano. Em maio, uma menina de 12 anos, vítima do crime, ainda chegou a ser insultada na Internet. Assim como aconteceu com a adolescente da Zona Oeste do Rio que sofreu a mesma violência em 2016, ofendida até numa letra de funk, a garota foi atacada em comentários misóginos. Nos dois casos, as violações foram filmadas e as imagens foram compartilhadas pelo WhatsApp. No YouTube, uma internauta que se diz conhecida da vítima escreveu que “não é a primeira vez que ela faz isso” e que a denúncia e a repercussão do estupro é “tempestade em copo d’água”. Outra diz que não houve estupro, e sim sexo consentido: “Agora os garotos se ferram… Ela tinha que chegar na mãe e na delegada, em quem for, e assumir que ela quis”. Um outro disse que ela é “bem danada”, e outro, que “ela estava lá porque quis”.

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