Terreno particular é usado pela prefeitura para duplicar viaduto

O prefeito Rogerio Lisboa participou do lançamento da pedra fundamental da obra e disse que sua conclusão é prioridade
Alziro Xavier

Após dois anos de obras paradas, a Prefeitura de Nova Iguaçu retomou o projeto de duplicação do viaduto da Rua Barros Junior, no Centro. A nova pista terá 420 metros de extensão e vai ligar os dois lados da cidade sobre a rodovia Presidente Dutra, a partir do conjunto habitacional Tertuliano Potiguara, desembocando na Estrada de Iguaçu. Para que a obra seja realizada a prefeitura se apropriou de um terreno particular pertencente a um empresário da cidade. Segundo ele, não houve desapropriação, uma vez que não foi feito pagamento de indenização por parte do Poder Executivo

Após dois anos de obras paradas, a Prefeitura de Nova Iguaçu retomou o projeto de duplicação do viaduto da Rua Barros Junior, no Centro, um pedido antigo da população. Ontem, no lançamento da pedra fundamental, o prefeito Rogerio Lisboa anunciou que a conclusão do serviço está prevista para o segundo semestre deste ano. A nova pista terá 420 metros de extensão e vai ligar os dois lados da cidade sobre a rodovia Presidente Dutra, a partir do conjunto habitacional Tertuliano Potiguara, desembocando na Estrada de Iguaçu.
“Conversei com o governador (Luiz Fernando) Pezão, com deputados federais e com a Câmara de Vereadores e todos, unidos, colaboraram para que fossem reiniciadas as obras desse viaduto, que trará mais mobilidade a nossa cidade. A conclusão desse projeto é uma prioridade em 2018. Esperamos até o final de setembro entregar o viaduto pronto para a população. São muitos os pedidos que recebo sobre isso”, comenta Rogerio Lisboa.
Morador do Centro, Jorge Alexandre Pacheco Lemos, de 46 anos, não vê a hora da duplicação do viaduto ficar pronta. “Se acontece um acidente simples aqui, tudo para. A cidade toda para porque é entrada e saída pela Dutra. O fluxo nesse trecho é muito intenso. Ver que a prefeitura vai voltar com as obras é um alívio grande. Acredito que agora vai dar certo”, diz Jorge Alexandre.
A obra, que teve início em 2014 e avaliada em R$ 28,09 milhões, foi paralisada em novembro de 2016. A primeira etapa será a contenção do local, que não estava prevista no projeto original. “A primeira fase é a recuperação da terra armada, porque essa estrutura está abandonada há dois anos. Vamos avançar com toda parte de contenção dos dois lados. E a última fase será a montagem do tabuleiro central, que começou hoje (ontem)”, explica Cleide Moreira, secretária de Infraestrutura.
>>A duplicação – No convênio assinado, foi acordado que o Estado entra com 75.5% dos recursos e o Município com 24.5%, ou seja, R$ 22.5 milhões (repasse estadual) e R$ 7.3 milhões (contrapartida municipal). Até o momento, foram investidos R$ 6.750 milhões (Estado) e R$ 2.188 milhões (Município).
Com capacidade de 3.500 veículos/hora, por faixa, o atual viaduto, além de servir de corredor viário da Estrada Iguaçu com o Centro, é também um dos principais acessos à Via Dutra. Com a duplicação, sua capacidade passará para sete mil veículos/hora, nas duas pistas, e vai possibilitar o trânsito da entrada da cidade.

Desapropriação sem indenização

A obra de duplicação do viaduto foi retomada após dois anos de paralisação e deverá ser entregue em setembro
Ivan Teixeira/Arquivo – Jornal de Hoje

Para que fosse dado início às obras de duplicação do viaduto da Barros Junior a Prefeitura de Nova Iguaçu se apropriou de uma área de pouco mais de 2 mil metros quadrados ao lado do mesmo. No entanto, o proprietário do terreno não foi indenizado, conforme reportagem publicada pelo Jornal de Hoje em fevereiro de 2017.
Na época a Prefeitura de Nova Iguaçu negou que tenha havido invasão do espaço e informou que o decreto de desapropriação foi publicado no Diário Oficial do dia 5 de junho de 2014. No entanto o advogado Ricardo Pereira, representante do proprietário do terreno, contesta a afirmação.
“A desapropriação não pode ser dada como consumada uma vez que o proprietário não foi indenizado e não teve ação judicial de desapropriação, com o devido depósito de valor indenizatório”, disse à época. Segundo o proprietário, desde então nada mudou.

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