Rogério Lisboa não comparece à audiência do Conselho de Segurança Pública

“A Constituição Brasileira é clara ao dizer que ‘segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos’. Entre esse ‘todos’ está incluída a municipalidade”, comentou o tenente-coronel Alexandre Rodrigues, comandante do 20º BPM (Mesquita), em pronunciamento dirigido a Rogério Lisboa (PR), prefeito de Nova Iguaçu. A declaração foi dada na manhã de ontem em audiência pública realizada pelo Conselho Municipal de Segurança Pública, Direitos Humanos e Cidadania de Nova Iguaçu (CONSEG), onde não estiveram representantes de várias prefeituras.

O evento reuniu representantes da policias Civil e Militar, comércio e associações de moradores no auditório do Sindicato do Comércio Varejista de Nova Iguaçu (SINCOVANI). Esteve presente também a deputada estadual Marta Rocha (PDT). Em sua fala, Rodrigues não poupou críticas à gestão municipal: “O tripé que sustenta a política de segurança pública é formado por educação, saúde e emprego. Todas essas responsabilidades primárias são do município. Segurança pública não é só polícia”, completou.
Rodrigues disse ainda: “Não posso me calar. É responsabilidade deles agirem na melhora da vida das pessoas com ações efetivas, incluindo na segurança. A ausência em uma reunião como essa mostra total descompomisso”, disse.
Atualmente, Nova Iguaçu dispõe de uma pasta para o assunto. Criada por Lisboa no início do governo, a Secretária de Segurança do Município é liderada pelo Coronel da Reserva  Polícia Militar Roberto de Oliveira Penteado. Também foi alvo de críticas a Câmara Municipal de Nova Iguaçu, que dispõe de Comissão de Segurança Pública e Prevenção à Violência do legislativo municipal, presidida pelo vereador Marcelo Lajes (PPS), também ausente no evento do CONSEG. “A discussão é de todos, mas a prefeitura não se faz presente. A polícia só será eficaz em seu mistér quando todos derem as mãos nessa direção”, finalizou Rodrigues.
Jayme Soares, presidente do CONSEG, relembrou que ações úteis para a segurança na cidade implementadas no governo de Nelson Bornier (MDB) foram descontinuadas. Com o custo e R$ 3,6 milhões, o Centro de Operações de Nova Iguaçu (CONIG).
No evento também foram apresentados dados atualizados do 20º Batalhão, que atualmente dispõe de 930 policiais. Desses, apenas 605 aptos para o serviço. Por plantão, estima-se que apenas 150 estão nas ruas de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, cidades que juntas tem mais de um milhão de moradores.

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