‘A Conquista do Capoeirão’ será exibido dia 6 na Casa de Cultura

O elenco do filme “A Conquista do Capoeirão”, que personifica a história de uma cidade, considerada fictícia, chamada de Santo Antônio de Jacutinga

A ‘Conquista do Capoeirão’ é um filme que conta a história de mais uma cidade recém-emancipada na Baixada, a fictícia Cidade Santo Antônio de Jacutinga, que surge pela vontade de uma elite local, na velha pratica política dos favores, jogo sujo e domínio “feudal” da região de acordo com seus interesses. O filme será exibido no dia 06 de outubro, ás 18h e 19h, na Casa de Cultura de Nova Iguaçu, situada na rua Getúlio Vargas, também conhecida como rua dos cartórios.
A ação se passa num ano eleitoral, da disputa pelo poder entre a situação, representante das elites dominantes e tradicionalista, com setores de oposição progressistas; quando o candidato da situação é desafiado com a invasão de um grupo de sem-terra numa de suas terras, prometida ao seu filho bastardo.
A partir invasão da Fazenda do Capoeirão, abre-se um leque onde aborda questões sociais e políticas, como: corrupção, disputa de poder local, disputa de terra, violência urbana e rural, drogas, discriminação e preconceito além de temas místicos.
O filme que procura retratar a Baixada, que um reflexo do que acontece em todo Grande-Rio e até em várias regiões do Brasil. Trata-se de um drama, com passagens cômicas; que típicas da multifacetada Baixada Fluminense – urbana e moderna em contraste com o rural e arcaico – e de muitas cidades brasileiras.
Argumento
Santo Antônio de Jacutinga é uma cidade da Baixada Fluminense que foi emancipada pelos líderes políticos da situação: o fazendeiro, coronel Antônio Cavalcante e o prefeito Átila Justo.
Traçando um paralelo com os dias atuais, a cidade está em pleno processo eleitoral quando acontece a invasão da fazenda do Capoeirão, comandada por Zé Grande e Madalena, os líderes dos sem-terras. Trata-se de uma terra improdutiva e que pertence ao Coronel Antônio Cavalcante.
Apesar de sua independência administrativa, a cidade não se libertou da velha política dos líderes locais em feudalizar o município como fazia os antigos coronéis da República Velha. O Coronel Cavalcante é o candidato da situação, que além de coronel da polícia militar aposentado, fazendeiro, faz parte da milícia local. Além dos sem-terra ele enfrenta problemas familiares.
Tem um filho bastardo, chamado Lobato, para o qual entregou a Fazenda do Capoeirão na intenção de silenciá-lo para que não revele a ninguém sua condição de filho. Lobato é um sujeito revoltado e insensível à causa dos sem-terras, o oposto do irmão, André, o filho legítimo que se envolve com Luana, a filha de Zé Grande, líder dos sem terras.
Política e romance se misturam para tumultuar ainda mais o jogo político. Lobato tem um caso com a mulher do Prefeito Átila Justo, aliado político de seu pai. Mas os filhos não são o único problema do Coronel Cavalcante que tem como aliados, além do prefeito Átila Justo, os detetives Wallace e Ribamar. Além dos conflitos familiares, o Coronel, como chefe da milícia e disputa território com o traficante Juca Bala, dono da boca de fumo do Morro da Formiga.
Nesse tumultuado quadro surge a figura do vereador da oposição, o radialista Vicente Guerra que tem o apoio do delegado Falcão, da policial Ariana e do padre Pedro. Vicente luta contra a corrupção e o abuso de poder das oligarquias locais e foi contra a emancipação da cidade porque o município não dispõe de recursos para se sustentar, vivendo à custa do Fundo de Participação dos Municípios.
Em torno dessa trama acontecem muitos problemas comuns à Baixada Fluminense, como o provincianismo de beatas e fofoqueiras, conflitos familiares, tráfico de drogas, milícia, corrupção policial e política, preconceito sexual, violência rural e urbana.

Sobre Ailton

O filme tem a assinatura de Ailton José, Evandro Rocha e Carlos Castro. Eles escreveram roteiro, trabalharam na produção, direção e ainda participam do elenco de 50 artistas, entre atores, atrizes e figuração. O filme é rodado em diversas regiões da Baixada (Nova Iguaçu, Belford Roxo, Mesquita, Japeri, São João de Meriti, Caxias, Paracambi), do Rio e Niterói).
A ‘Conquista do Capoeirão’, que é o primeiro longa-metragem produzido na Baixada, em Nova Iguaçu e Mesquita, é uma produção independente, feita com recursos próprios (da produção e do elenco) sem apoio de governo e empresários. O filme levou 6 anos para ser rodado.
Ailton atualmente participa de dois novos filmes feitosi em Nova Iguaçu – o longa-metragem chamado: Viva (como roteirista, diretor e ator), e  um curta-metragem, chamado de ‘O Agressor de Almira Corrêa’, onde atua como diretor.

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