Bolsonaro chega a Brasília para dois dias de reuniões

O presidente eleito, Jair Bolsonaro
(Antonio Cruz/Arquivo Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, chegou agora de manhã a Brasília para uma série de reuniões com integrantes do futuro governo e com autoridades do Legislativo e do Judiciário. O avião da Força Aérea Brasileira pousou por volta das 8h30 na Base Aérea de Brasília, para a segunda viagem à capital federal, desde que foi eleito presidente. A primeira foi no dia 6 de novembro.
O avião com o presidente eleito decolou da Base Aérea do Galeão por volta das 7h de ontem (13). Bolsonaro estava acompanhado do futuro ministro da Economia Paulo Guedes, e do deputado federal Helio Bolsonaro.
Jair Bolsonaro terá, em Brasília, dois dias de reuniões. De manhã, ele deve se reunir com a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), confirmada para o Ministério da Agricultura. Ficou para hoje o encontro que definirá o perfil da pasta, se o ministério englobará a agricultura familiar e pesca, por exemplo.
À tarde, o presidente eleito terá três audiências. Às 13h, será com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber. Às 14h30, ele será recebido pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Batista Brito Pereira. Às 16h, conversará com o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), José Coelho Ferreira.
Há a expectativa de que Bolsonaro vá ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a equipe do governo de transição está instalada.
Hoje, o presidente eleito afirmou que pretende ir ao Congresso Nacional. Ele confirmou que “vai tomar um café” com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e “apertar a mão” de colegas no Congresso Nacional.
Na segunda-feira (12), Bolsonaro disse que o médico e deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) poderá ser o ministro da Saúde. Ambos conversaram, no Rio de Janeiro, e a definição pode ser anunciada esta semana.
Também para esta semana são esperados os nomes dos futuros ministros da Defesa, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente.
É aguardada para amanhã a presença de Bolsonaro no encontro de governadores em Brasília. Dos 27 eleitos e reeleitos, 18, incluindo vice-governadores, confirmaram presença. O encontro é organizado pelo governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), com o apoio dos governadores eleitos de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Segundo os organizadores, a ideia é que seja um “encontro de aproximação”. Os anfitriões aguardam a confirmação da presença do futuro presidente. Além de Bolsonaro, deverão participar do evento os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Dificuldade para aprovar Previdência este ano

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, reconheceu ontem que há dificuldades em aprovar a reforma da Previdência ainda este ano. Segundo ele, a avaliação foi feita pelo economista Paulo Guedes, que assumirá o superministério da Economia, e que está à frente das principais negociações sobre o tema. Bolsonaro e Guedes se reuniram nesta segunda-feira no Rio de Janeiro.
“Ele [Paulo Guedes] está achando que dificilmente aprova alguma coisa este ano”, afirmou. “Não é esta a reforma que eu quero”, acrescentou o presidente eleito, confirmando que vai tomar café com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar sobre o assunto. Também informou que vai “apertar a mão” dos colegas do Congresso Nacional.
Para Bolsonaro, a reforma tem de começar pelo setor público, considerado por ele deficitário. Também afirmou que não se deve pensar em uma reforma baseada apenas em cálculos e números. De acordo com ele, é importante observar os dados com o “coração”.
“Tem de olhar os números e o social também”, disse o presidente eleito. “É complicado, mas você tem de ter o coração nessa reforma”, acrescentou Bolsonaro. “Olhar os números de forma fria, qualquer um faz, nós não queremos isso.”
Bolsonaro criticou a existência de aposentadorias acima do teto constitucional, no setor público, que fixa como limite o salário dos ministros dos tribunais superiores (R$ 33,7 mil). “[Há] aposentadorias que estão aí até acima do teto, excessos de privilégios”, disse. “Tem que começar com a Previdência pública.”
O presidente eleito conversou com a imprensa ao sair de casa hoje, na Barra da Tijuca, para novamente ir à agência do Banco do Brasil sacar dinheiro. Foi a terceira vez que Bolsonaro saiu nos últimos dias para ir ao banco.

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