Estudantes da rede estadual protestam em Nova Iguaçu

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Manifestantes pedem melhorias no colégio Dr. Mario Guimarães Foto:  Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Manifestantes pedem melhorias no colégio Dr. Mario Guimarães
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Alunos dos Colégios Estaduais Dr. Mario Guimarães, Jardim Alvorada, Instituto de Educação Rangel Pestana e do CIEP 166 – Abílio Augusto Távora, todos eles em Nova Iguaçu, fizeram uma manifestação na manha de ontem, em frente à Diretoria Regional Metropolitana I da Secretaria de Estado de Educação, na Rua Professora Venina Coreia Torres, no centro de Nova Iguaçu. Os cerca de 100 estudantes aproveitaram a paralisação dos professores da rede estadual e apoiaram a greve, reivindicando melhorias nas escolas entre outras coisas.
De acordo com Celina da Silva, de 18 anos, aluna do 3º ano do C.E. Dr. Mario Guimarães, localizado no Bairro da Luz, a unidade está há muito tempo sem receber manutenção. “Quando eu entrei na rede estadual, ainda no ensino fundamental, eu recebia uniforme e material para estudar. De um tempo para cá não temos recebido nem o uniforme. Além disso, as tais verbas para os passeios educativos e culturais nunca chegaram aqui na escola”, desabafou.
Com cartazes que pediam melhorias para a educação, instrumentos de percussão e aos gritos de ordem, os alunos conseguiram ser recebidos pelos responsáveis do órgão estadual, no município. A equipe do Jornal de Hoje acompanhou o protesto, mas não foi recebida pela Secretaria de Educação do Estado.

Greve dos professores

Celina da Silva, de 18 anos, aluna do 3º ano Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Celina da Silva, de 18 anos, aluna do 3º ano
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

O Professor de Sociologia, Thiago Fernandes acompanhou o ato em apoio aos alunos e também em reivindicação à própria classe de educadores. Segundo ele, o que deflagrou a greve foi a Proposta de Lei enviada à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, versando sobre o aumento do desconto previdenciário de 11% para 14%. O Estado do Rio alega que isso vai aliviar o rombo nas contas, que atualmente está em R$ 16 bilhões.
“Se o Estado alega que não tem dinheiro, então porque deu isenção de impostos para a Light, Supervia e outras grandes empresas? Isso não é crise. Enquanto isso, a Educação, Saúde e a Segurança do Estado estão largadas. Nós professores estamos empurrando com a barriga há muito tempo. Sem condições adequadas de trabalho e com salas de aula lotadas fica difícil dar aulas dignas”, disse o professor, que aderiu à greve dos servidores estaduais no último dia 2 de março.

Alunos preveem outra manifestação

Outra aluna que participou do manifesto foi Ludmila Alexandre, 15 anos, do 1º ano do Ensino Médio. Ela relatou que sua escola está sem funcionários que fazem a limpeza e manutenção da unidade e sem porteiro. “A segurança e a nossa saúde está comprometida. Nós não vamos ficar calados e vamos reivindicar pela melhoria e qualidade de ensino, que é o principal. Caso nada mude, vamos realizar outro ato maior que este, ainda este mês”, afirmou.

Manifestantes são recebidos para conversa

A Diretoria Regional Metropolitana I recebeu um grupo de alunos, ocasião em que foi discutida, principalmente, a segurança no entorno das escolas. De acordo com a Diretoria Regional, já foi solicitada ao batalhão da Polícia Militar mais próximo a intensificação da ronda escolar. Por meio de uma parceria entre as secretarias de Estado de Educação e de Segurança Pública, policiais militares dos batalhões locais também fazem rondas no entorno das escolas e oferecem o apoio necessário.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação lamenta a decisão do Sepe de realizar a greve. “Essa atitude, no atual e conhecido difícil momento econômico do Estado, somente prejudica os alunos dos professores que aderirem”. A SEEDUC informou que apenas 3% do total de 82 mil servidores da rede estadual aderiram à paralisação. “As soluções para as demandas apresentadas pelo Sepe não dependem exclusivamente da Seeduc; por isso, prejudicar estudantes e pais em um momento difícil para todo o governo e cidadãos não ajuda na melhoria educacional de crianças, jovens e adultos.
Em relação à portaria, a Seeduc esclarece que a empresa que prestava esse serviço não manifestou interesse em renovar o contrato. Para o controle do acesso de entrada e saída de alunos, as Diretorias Regionais, junto aos diretores das escolas, estão elaborando um planejamento específico. Profissionais que já atuam nas unidades serão remanejados para essa função, até que uma nova licitação aconteça.

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